Surfando para a Paz

22/07/2013 14:25

Samuel Jacquesson, 31, é francês e mora há 3 anos e meio em Florianópolis. Ele é um dos coordenadores do movimento mundial Surf4peace (Surfe para a Paz), esteve em Garopaba na última quinzena de Julho com a família e falou ao Garopaba Jornal sobre o movimento que está conectando pessoas de todo o Planeta com um objetivo nobre: a paz entre os povos.

 

Tudo começou com uma reportagem de Jornal.

 

Lá por 2005, Dorian Pascowitz, uma lenda do Surfe, leu uma noticia de jornal em que dois palestinos na Faixa de Gaza (Território de conflito entre judeus e palestinos) dividiam uma única prancha. Dorian foi para Israel e organizou um projeto para doar pranchas aos palestinos.

 

Mesmo com todas as dificuldades de atravessar a fronteira da Faixa de Gaza por causa da violência na região, Dorian conseguiu passar com 14 pranchas e fez a primeira doação.

 

Outra reportagem conectou muito mais gente ao Projeto.

 

O gesto de Dorian recebeu uma cobertura de imprensa enorme, no mundo todo e muitas pessoas (principalmente dos paises vizinhos: Egito, Líbano, Marrocos, Itália, Turquia, etc...) se juntaram a Dorian para ajudar o surfe palestino e trazer a união entre os povos através desse esporte. Foi assim, por exemplo, que nasceu a roupa de borracha feminina para muçulmanas poderem surfar (com burca) sem enfrentar problemas comas tradições religiosas. Hoje há cerca de 30 surfistas na Faixa de Gaza e 2 são mulheres. Foi nesta época que Samuel e seu amigo Benjamin souberam do projeto e entraram em contato com Arthur, que já fazia parte do movimento.

 

Festival de Surfe Para Paz

 

Agora o movimento Surf4peace prepara para setembro de 2015 a Medcup4peace, um festival de surfe para a paz, em Marselhe, na França, onde estarão surfistas de diversos paises banhados pelo Mar Mediterrâneo, alguns deles de paises em conflitos.

“ Vão surfistas de Israel, Palestina, Egito, Líbano, Marrocos, França, Itália, Turquia, Espanha e Grécia, por exemplo. A idéia é fazer, através do esporte, a ponte entre os povos do Mediterrâneo (que tem um histórico de conflitos) e mostrar que esses povos são feitos por pessoas como você, que buscam a paz, a harmonia, qualidade de vida e não a guerra. Com o objetivo claro de fazer pessoas desses povos se encontrar, interagir, conhecer-se e ver que aquele povo que você temia, nada mais é que um humano com você em busca de harmonia, paz, felicidade...” – nos conta Samuel.

 

E nós aqui?

 

Samuel tem 3 filmes sobre o movimento que gostaria de passar para o público de Garopaba e da região. Fica a dica para os cines clubes e associação de surfistas locais. E uma etapa do surfe para a paz na nossa região combinando com o período  de visita das baleias? Fica nossa sugestão para os surfistas da paz.