Em 2008, Kauli Seadi sagrou-se Tri-campeão Mundial de windsurfe e concedeu uma entrevista exclusiva a Zeno Castilho e na qual afirma que o melhor lugar do mundo para praticar windsurfe é aqui!
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Entrevista Kauli Seadi exclusiva.
Domingo, 5 de outubro de 2008, o catarinense Kauli Seadi, de 22 anos, sagrou-se tricampeão mundial de Windsurfe na etapa realizada em Sylt, Alemanha. A façanha é digna de um super atleta, poucas pessoas no planeta tiveram o prazer de ser tricampeão mundial em seu esporte preferido. Kauli Ganhou o titulo e voltou para casa. Depois de uma sessão de Wind e kite surf entre os amigos, no melhor lugar do mundo para praticar esses esportes radicalíssimos, concedeu essa entrevista a Zeno Castilho, onde ela fala do campeonato, da decisão e das aulas que ele oferece de windsurfe para a comunidade.
Já imaginou seu filho aprendendo na escola do tricampeão mundial? São coisas que só a nossa região pode oferecer.
Zeno - Kauli, como foi o campeonato desse ano na sua visão?
Foi um ano legal pra caramba (2008) e começou bem diferente. Neste ano desenvolvi com os 2 novos patrocinadores uma vela e uma prancha específica para o meu estilo de velejar. Desenvolvemos novos designs e tivemos pouco tempo para testá-los, mas na água veio a resposta e venci a primeira etapa e a partir da terceira etapa a disputa do campeonato ficou entre eu e o Victor Fernandez da Espanha. Aí veio a última etapa, na Alemanha que foi decisiva.
Zeno - Como foi a etapa da Alemanha?
As primeira baterias foram pressão...pra ser campeão eu tinha que chegar às semifinais e um moleque de 15 anos Phelipe Coster (anota esse nome aí) já tinha tirado muita gente boa (feras mesmo) e quando estávamos na mesma bateria, ele mandou muito bem na etapa das manobras, mandou até manobras que eu inventei. Faltando 20 segundos para terminar a bateria, ele mandou um doble looping, mas aí me garanti bem na parte surfe e passei adiante. Depois foi o Ricardo Campello, o cara é tricampeão mundial da categoria free style e ganhei dele no pulo (manobra) e no surf. A outra bateria foi com um holandês (ver nome), mudou a condição e tive que trocar de vela no meio da bateria, mas passei pra semifinal. Aí já sabia que era tricampeão e a pressão foi embora. A semifinal foi com o Jonas Cebalo e passei. A final foi com o Victor Fernandez, rle ganhou a etapa e eu fiquei em segundo, mas já era tricampeão!
Zeno - Como é ganhar um campeonato mundial pela terceira vez?
A primeira vez é a surpresa, a realização de um sonho, tudo é muito novo e cria um peso até: o da expectativa. Será que esse cara consegue ganhar de novo ou foi sorte? A segunda é muito bom, mas ainda ficava uma ponta de dúvida, em mim mesmo: será que eu consigo de novo? A terceira é uma realização pessoal, a superação e a confiança que dá ao atleta é muito legal, tenho a sensação que cheguei onde queria.
Zeno – qual foi o melhor momento da competição?
Quando passei pra semifinal. Ali já sabia que era tricampeão.
Zeno – E agora, quais são os seus próximos desafios?
Continuar no tour mundial e vencendo. Como realização pessoal é chegar num nível de velejo que eu quero. Outro desafio interessante é desenvolver equipamentos para conseguir fazer manobras que os outros não conseguem.
Zeno- Com quantos anos você começou a praticar windsurf?
Com 12 anos, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.
Zeno – Kauli, por que você escolheu a Ibiraquera para morar?
Por que é o melhor lugar do mundo para praticar windsurf. A condição aqui muda muito e essa diversidade dá a possibilidade de treinar todas as condições. É muito difícil ter um lugar onde dá pra treinar as 2 bases (direita e esquerda) e aqui acontece com facilidade.
Zeno - E o Instituto kauli Seadi, como está?
Está funcionando há 2 anos (em 2008). Trabalhamos aqui na Ibiraquera com aulas gratuitas para a comunidade de windsurfe e tênis e também rolam umas trilhas iradas. Outro lance do Instituto é registrar 2 oficinas líticas que apareceram recentemente embaixo do sambaqui daqui, a minha mãe (Claudia Seadi) é que está tocando isso. Para as aulas gratuitas existe um número máximo de vagas, mas é possível que ainda tenham algumas sobrando.
Zeno - Parabéns Kauli pelo topo do mundo do windsurfe e principalmente por dar alegrias e esperança ao povo daqui, mostrando que com disciplina, planejamento e dedicação podemos produzir campeões mundiais como você. Parabéns também pelo instituto e pelo trabalho realizado com as crianças. Grato.
Kauli – Eu é que agradeço e mantenham contato para combinarmos aquela trilha arqueológica para o pessoal do instituto.
Zeno-Claro.
Kauli, a grande estrela da categoria wave foi consagrado o melhor do mundo pela terceira vez. O alemão Klaas Voget terminou em terceiro na etapa,,Marcílio Braw, o Brawzinho em 17º, o brasileiro naturalizado na Venezuela,os brasileiros Ricardo Campello, terminou em 9º e Levi Lenz em 33º.
