Estréia a Voz do Povo.

O Problema dos condomínios irregulares, sem ruas oficiais. As sugestões para melhora de Ciclovias, o sonho das Praças revitalizadas e as belezas das rimas cantando a cultura local e as belezas da alma deste lugar. Clique em Voz do Povo no alto desta página e veja tudo isso.

A Professora Jucimere Lopes faz um pedido ao Prefeito:

um problema que atinge muitos moradores da cidade. Você tem o sonho de ter uma casa, compra um terreno com recibo (muitos terrenos são vendidos assim na cidade), até porque é o que o seu dinheiro dá pra comprar no momento, depois se descobre sem direito a nada. São os loteamentos clandestinos. Como resolver esse problema?

Aqui ele escreve ao Prefeito pedindo pelo menos que a rua seja trafegável. Leia o texto da professora.

Querido sr.prefeito,estive aí por esses dias,(junho) para pedir uma solução para "nosso"loteamento clandestino,estamos a espera da tal lei. Mas também implorei por um barro na nossa rua que está muito ruim,o barro não chegou, e eu tomei a liberdade de lembrá-lo. Por gentileza,para não implorar pelo amor de DEUS,mande um barro pra nós. É uma "rua" em Areias de macacu,logo após o posto de saúde em direção centro-bairro. Uma rua antes do precário ponto de ônibus. Desde já agradeço. obrigada. jucimere lopes. BRASILEIRA,PROFESSORA,ELEITORA.

Iniciamos este espaço do Garopaba Jornal fazendo uma homenagem ao Maurício " Moriço" dos Passos, o pescador-poeta. Talento nato para poesia, Moriço não aprendeu a escrever, mas isso não foi limite para suas rimas. Com a  ajuda de Fernando Bittencourt, que gravou e transcreveu seus versos, temos o livro "Versos do Moriço", uma pérola produzida da mais genuína cultura popular local.

Estreando também está um olhar de quem nasceu fora de nossa cidade e a adotou com o coração de poeta. Humberto Fonseca pode ser vistos, como o Moriço, pelas ruas da cidade a agitar a cultura popular. Confira abaixo:

trecho de poesia do Moriço.

" Eu vivo em Garopaba

Natural desse lugar

Pois nunca aprendi a ler

Por isso vivo a pescar

o que trago para comer

É um Presente do Mar."

Garopaba


Esplendor,
Luz intelectual,
Derrama sobre mim,
A força de Deus,
Abrigo-me no parecer oculto.

Meus passos,
Cruzam terrenos,
Lápides.

Também sou tudo que está a minha volta.

O processo rimático,
Sincopado,
É o caminho do poeta.

Não anuncio,
Não faço projetos,
Não faço propostas.

Homem da vida,
Ileso da robótica.

Sou do campo, da cidade,
Morro, viela, esquina,
Porteiro da saudade.

Em vilas, cidadelas,
Metrópoles, favelas...

Verso o soneto,
Sem ter poetisa.

Sou fogo, não palha,
Sou destino, não anedota,
Sou voz, sentido,
Palavra.

Caminhando no mesmo processo.

Sem luz,
Sem holofotes,
Sou forte, mesmo na escuridão.

Não suporto níveis rasos,
Tampouco alturas substanciais.

Afinal, não somos carne humana de um só criador?
Vedes há quanto tempo o macaco não mais evoluí?

O todo poderoso,
Faz-nos Ouvidor,
Na pura Ferrugem,
Quem Vigia,
A Gamboa,
Sobre a Barra,
Da Silveira,
Nas areias do Siriú?
Sinto Preguiça,
Na Praia Vermelha,
Não estou em pouso, pousada,
O que queres tu de mim,
Pois de ti não quero nada...

 GAROPABA! 

Humberto Fonseca